terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Intervalo

Som, sonar
Histórias mal contadas
Réplicas, utilidades públicas
Caixas acústicas, conchas convexas
Bólidos polidos
Invenções cósmicas
Intervenções rotuladas
Estética interessada, conteúdo previsível
A arte pura, a arte burra
Nichos de ambigüidade, fluxo interrompido
Pedaços que não se completam,
Versos que não se falam

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Exposição Coletiva no CEUMA (USP)


Local: 3º andar do Centro Universitário Maria Antônia (Prédio do TUSP)
Rua Maria Antonia, 294 - Vila Buarque. São Paulo / SP


Visitação: até 1 de fevereiro de 2009
terça a sexta, das 12 às 21h
sábados, domingos e feriados, das 10 às 18h

Participo da exposição com uma pequena parte da série "O grande mal da experiência estética". São cinco imagens de um projeto que ainda está em fase inicial. A foto do início do post faz parte do ensaio e da exposição.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Eu vi o Sérgio Malandro




Eu vi o Sérgio Malandro. Ele estava contente, bem vestido, tirando fotos com o pessoal, ali na parte República do Viaduto do Chá.
Terno cinza, gravata preta, sapatos pretos. Coisa Fina. Junto, cinco homens-aranha, desses tipo festa de criança, azul e vermelho. No meio, um carro de som. E nada de bilú bilú bilú, bilú tetéia. O que se ouvia era mais uma irritante música de candidato a vereador, porque música de candidato a vereador tem que ser obrigatoriamente ainda mais irritante do que jingle da Marabrás.

E no site do TSE consta que
Sérgio Malandro não possui bens a declarar. Que pindaíba!

Mas para o paulistano que acha que ficou fácil escolher seu candidato, péraumpouco. Eu tenho sugestões:

Dinei, “porque corinthiano vota em conthiano!”
Pastor Jucemar, que promete lutar pela família (?) e tem o slogan mais legal de todos os slogans do mundo: “Eeeeita Deus!”.
O Alemão da Saúde tem uma boa proposta: “seja branco ou negro, homem ou mulher, hétero ou homossexual, todos tem direito a saúde”.
Nem todos, mas os pansexuais que arranjem seu próprio candidato, Né?

-------------------

Mas meu partido preferido é o PRP, o do Professor Roberto Melão.

O Professor Roberto Melão, como a maioria dos candidatos, deve ter uns 8 segundos pra falar algumas frases de efeito, ou dizer que só o partido dele presta.
Mas o Professor resolveu mandar pro espaço o tal “Saúde, trabalho e educação, São Paulo precisa de seriedade”, optando por algo mais reflexivo.
- “20.013, 20.013, 20.013, 20.013 Roberto Melão, 20.013 já!”.



sexta-feira, 15 de agosto de 2008

a história da boca que engolia gente

Do lado do meu apartamento tem uma boca.
Ali, na Ladeira, uma boca imensa.
Que engole terra, luz, horas e até mesmo gente
Pra vomitar tudo no outro dia, quando o dia nem é dia ainda.
E faz de tudo pra tudo ser um hábito,
tudo, como deve ser feito

Carnes inteiras, cidades inteiras,
corpos vestindo outros corpos
Enfileirados, etiquetados.
Tão prontos que nem se lembram mais
Então a boca canta, que boca que não canta não engole gente.

o que você gosta de ouvir
quando silêncios gritam?
o que você gosta de ouvir
quando o que devia ser dito se esconde atrás de anúncios,
fotos de crianças sorrindo?



segunda-feira, 4 de agosto de 2008

...

Aguarde.

Sintonizando em UHF. Afinal, a TV digital tá por aí, mas ninguém viu.